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Por que reflorestar as margens de rios e nascentes é tão importante?


A ganância por áreas favoráveis a agricultura, pecuária, loteamentos e construções em nosso país tem contribuído para agravar um sério problema ambiental: a redução da mata ciliar, com consequente assoreamento do leito dos rios e comprometimento das nascentes. A solução para se reverter esse quadro é simples: reflorestar as margens dos nossos rios e nascentes.

Para ter noção da importância e dos benefícios desse tipo de reflorestamento, precisamos entender o que é mata ciliar:

De acordo com o Glossário de Termos Hidrológicos da Agência Nacional de Águas – ANA – Mata Ciliar é aquela que cresce naturalmente nas margens de rios ou córregos ou foi reposta, parcial ou totalmente, pelo homem. Sua função de proteção aos rios é comparada aos cílios que protegem os olhos, daí o seu nome.

A mata ciliar também é conhecida como mata de galeria, mata de várzea, vegetação ou floresta ripária. A área composta de mata ciliar é considerada pelo Código Florestal Federal como APP – “área de preservação permanente”, devendo possuir uma extensão específica a ser preservada de acordo com a largura do rio, lago, represa ou nascente¹.

Sem a proteção oferecida pelas matas ciliares, os rios e nascentes ficam vulneráveis, dentre outros problemas, a:
Escassez de água ou ressecamento dos olhos d’água: a água da chuva escoaria sobre a superfície, não permitindo sua infiltração e armazenamento no lençol freático.
Erosão e Assoreamento: a terra das margens ficam sem apoio e acabam caindo diretamente dentro do rio, tornando-o barrento, dificultando a entrada da luz solar e, consequentemente, dificultando a vida aquática de seguir seu ciclo.



Erosão e assoreamento dos corpos d'água

Em entrevista para o site do Globo Ecologia, o coordenador do Programa da Amazônia da ONG WWF-Brasil, Mauro Armelin, falou sobre reflorestamento. Segundo ele, a floresta tem função na regulação. No caso do reflorestamento nas margens, além da função física, de construção civil, de segurar a barranca com suas raízes, as espécies plantadas nas margens também protegem a vegetação lateral do rio, que é a chamada mata ciliar. Além de não perder solo, que pode assorear o rio”. E continuou: Nascente de água é aquela água que brota no solo. Se deixamos ela exposta ao sol ou com uma cultura por cima que não está integrada com o regime hídrico, ela vai secar.

Solução:

A solução para o problema é devolver às margens dos rios e das nascentes a vegetação típica da região em que se encontram. É importante a utilização de espécies nativas no processo de reflorestamento pois, a flora nativa, sofreu um rigoroso processo de seleção natural, através de milhares de anos de interação com aquele meio ambiente, gerando, assim, espécies geneticamente resistentes e adaptadas ao local onde ocorrem. Portanto, são ideais para desempenhar a função de controlar o excesso de água das chuvas no solo; evitar a perda de água dos rios e oceanos; gerenciar a filtração e a absorção de resíduos presentes na água; evitar o escoramento e a erosão do solo, além de fornecer alimentação e abrigo para agentes polinizadores.

A Embrapa, através da unidade Embrapa Clima Temperado , vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, orienta ações de recuperação de matas ciliares. Visite o site e conheça o que está sendo feito no Brasil.


Mata Ciliar Conservada

Paraná dá o exemplo:

Visando buscar soluções para os problemas relacionados à reconstituição, manutenção e proteção das áreas de preservação permanente, tendo como foco as matas ciliares, o Governo do Estado do Paraná, sob a coordenação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMA, com a Secretaria de Estado do Planejamento – SEPL e Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento – SEAB, com suas respectivas Instituições vinculadas, e com apoio de um comitê assessor interinstitucional, lançou o Projeto Mata Ciliar em novembro de 2003. O projeto constitui o maior projeto de Mata Ciliar do Brasil (Fonte: Portal São Francisco)

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