Andrea Trindade
Feira de Santana foi uma das diversas cidades brasileiras que realizou protesto contra a corrupção e o Governo Federal neste domingo (16). Os participantes começaram a chegar por volta das 15h e após concentração em frente à prefeitura seguiram em caminhada pela Avenida Getúlio Vargas.
Segundo estimativa da Polícia Militar, cerca de 2.500 pessoas participaram da manifestação, que ocorreu de forma tranquila, sem nenhum registro de ocorrência policial.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o Major Lúcio José, comandante da 64ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), responsável pelo policiamento no centro da cidade, informou que a policia disponibilizou o efetivo necessário para o movimento e que não houve necessidade de fazer intervenções durante o protesto.
“Foi um movimento democrático. Não identificamos nenhum tipo de ocorrência e percebemos que muitas pessoas vieram com suas famílias. O ordenamento do trânsito foi perfeito assim como nossa ação de presença extremamente preventiva, e não houve necessidade de nenhum tipo de intervenção. Foi um movimento bem tranquilo e em paz. Colocamos o efetivo necessário, envolvendo todas as especializadas de Feira de Santana, mas a gente já contava com essa paz, que é costumeira do povo de Feira de Santana”, destacou o Major Lúcio.
O médico Eduardo Leite, um dos organizadores do protesto, avaliou como positiva a participação popular e lamentou o fato de a cidade ter ficado sem ônibus pela tarde. Ele enfatiza que foi muita coincidência esse fato ter ocorrido hoje.
“A manifestação foi um sucesso total. Um grande número m de pessoas dignas e conscientes, inclusive com boicote dos ônibus que não circularam depois do meio- dia. Que absurdo isso, mas as pessoas vieram a pé, de bicicleta, de carro, e são não vieram de ônibus porque não tinha ônibus. Muita coincidência a retirada desses ônibus depois do meio- dia. Chegaríamos a umas 20 mil pessoas se tivesse ônibus”, afirmou.
A médica pediatra Graciete Vieira disse que o país precisa de menos corrupção, mais saúde e educação. “Diante de tantos problemas que estamos vendo aí temos que nos mobilizar. A situação no Brasil está difícil e isso sentimos e vemos nas ruas . Precisamos de uma organização política para modificar essa situação em que estamos”, declarou a médica que também lamentou a falta de ônibus.
A professora e ex-secretária municipal de Desenvolvimento Social, Lúcia Miranda, também esteve na manifestação: “Enquanto brasileiros temos que defender nossa pátria, isso é civismo e não podemos silenciar. No meu entendimento um governo que tem 7% de aprovação não precisa que o povo esteja na rua para dizer que está insatisfeito com ele, mas se é isso que eles precisam estou aqui e estarei em quantas vezes for preciso”, disse. Via : Acorda Cidade
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